terça-feira, 9 de abril de 2013

PROVAÇÕES



“Enquanto nos sentirmos importunados pelas pessoas que nos vêm trazer seus problemas, enquanto  fugirmos delas enfadados evitando ouvir seus desabafos angustiados, estaremos bem longe do Caminho”        
“Assim como está demonstrado no mito-alma de Parsival, assim também ocorre na vida e na experiência do Cristão Místico: ele deve beber profundamente  do Cálice  da amargura até esgotá-lo, de modo que as dores acumuladas em seu coração façam que se ofereça, sem reservas nem limites, ao serviço de cura, ajudando a todos.”
“.Os laços espirituais são sem dúvida, os mais fortes e através deles vem a coroa de sofrimentos. Pela deserção de  seus amigos espirituais ele aprende a beber até o fim a taça da amargura. Ele não os culpa  pela deserção, mas DESCULPA-OS com as palavras:
“O Espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca”
pois sabe, por experiência própria quão verdadeira é essa sentença.
Mas ele percebe no sofrimento supremo, que eles não podem confortá-lo. Então, volta-SE para a única fonte de conforto,
o  Pai no Céu. Ele chegou ao ponto em que a resistência humana  parece ter atingido o seu limite, e reza pedindo clemência  para a sua provação...
... Tendo bebido completamente do cálice da amargura, abandonado  por todos, experimenta o temor medonho de
estar absolutamente só, talvez a pior experiência da vida de um ser humano. O mundo parece  envolvido em trevas.
Ele percebe que todo o bem que fez ou tentou fazer, o poder das trevas está procurando derrubá-lo.  Ele sabe que a turba que dias atrás lhe acenou com “Hosanas”, está pronta a gritar:
“Crucificai-o, Crucificai-o”.
Seus familiares e agora os seus poucos amigos desapareceram e estavam prontos a negá-lo”