domingo, 17 de novembro de 2013

AS COLUNAS DO TEMPLO


"Prouve a Deus dizia o Mestre, que fosseis totalmente frio ou totalmente quente"
Com efeito, um grande culpado é mais vivo que um homem fraco e morno, e a sua volta à virtude será em razão direta da energia de seus desvios"

Eliphas Levi: Texto extraído do livro: Dogma e Ritual da Alta Magia

O TRIÂNGULO DE SALOMÃO



..." Os cabalistas comparam o espírito a uma substância que fica fluída no meio divino e sob a influência da luz essencial, mas cujo exterior se endurece como a cera exposta ao ar, nas regiões mais frias do raciocínio se tornam visíveis. Essas cascas ou envoltórios petrificados são a causa do erro e do mal, que provêm do peso e da natureza dos envoltórios anímicos. No livro do Zohar e no da revolução das almas, os espíritos perversos, os maus demônios, não são denominados de outro modo senão de cascas, cortices.
As cascas do mundo do espírito são transparentes, as do mundo material são opacas; os corpos não são mais do que cascas temporárias e de que as almas devem ser liberadas; mas os que nesta vida obedecem ao corpo, fazem para si um corpo interior ou uma casca fluídica, que fica sendo a sua prisão e o seu suplício depois da morte, e até o momento em que chega a fundi-la no calor da luz divina, aonde o seu peso lhe impede de subir; eles chegam aí só com esforços infinitos e o auxílio dos justos que lhes dão a mão, e durante todo esse tempo são devorados pela atividade interior do espírito cativo, como que numa fornalha ardente. Os que chegam à fogueira da expiação aí se queimam como Hércules no monte Eta e se libertam, assim, do seu incômodo; mas a maioria tem falta  de coragem diante desta última prova, que lhe parece uma segunda morte, mais horrível do que a primeira, e ficam assim, no inferno, que é eterno de direito e de fato, mas no qual as almas nunca são precipitadas nem retidas contra sua vontade"

Eliphas Levi: Trecho extraído da obra: Dogma e Ritual da Alta Magia

terça-feira, 9 de abril de 2013

PROVAÇÕES



“Enquanto nos sentirmos importunados pelas pessoas que nos vêm trazer seus problemas, enquanto  fugirmos delas enfadados evitando ouvir seus desabafos angustiados, estaremos bem longe do Caminho”        
“Assim como está demonstrado no mito-alma de Parsival, assim também ocorre na vida e na experiência do Cristão Místico: ele deve beber profundamente  do Cálice  da amargura até esgotá-lo, de modo que as dores acumuladas em seu coração façam que se ofereça, sem reservas nem limites, ao serviço de cura, ajudando a todos.”
“.Os laços espirituais são sem dúvida, os mais fortes e através deles vem a coroa de sofrimentos. Pela deserção de  seus amigos espirituais ele aprende a beber até o fim a taça da amargura. Ele não os culpa  pela deserção, mas DESCULPA-OS com as palavras:
“O Espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca”
pois sabe, por experiência própria quão verdadeira é essa sentença.
Mas ele percebe no sofrimento supremo, que eles não podem confortá-lo. Então, volta-SE para a única fonte de conforto,
o  Pai no Céu. Ele chegou ao ponto em que a resistência humana  parece ter atingido o seu limite, e reza pedindo clemência  para a sua provação...
... Tendo bebido completamente do cálice da amargura, abandonado  por todos, experimenta o temor medonho de
estar absolutamente só, talvez a pior experiência da vida de um ser humano. O mundo parece  envolvido em trevas.
Ele percebe que todo o bem que fez ou tentou fazer, o poder das trevas está procurando derrubá-lo.  Ele sabe que a turba que dias atrás lhe acenou com “Hosanas”, está pronta a gritar:
“Crucificai-o, Crucificai-o”.
Seus familiares e agora os seus poucos amigos desapareceram e estavam prontos a negá-lo”

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A TENTAÇÃO


" Quando nos elevamos por meio das águas do Batismo - O Dilúvio Atlante - para a idade do Arco-Íris das estações alternantes, tornamo-nos vítimas das emoções variáveis que nos deixam a mercê no mar da vida. A fé indiferente, limitada pela razão e praticada pela maioria dos que professam a religião cristã, pode proporcionar resignação, equilíbrio mental e alguma coragem ante as provas da vida. Mas quando a maioria conquistar a FÉ VIVA do Cristão Místico, que supera a razão porque o CORAÇÃO SENTE, então, a Idade Alternante passará, o Arco-Íris cairá com as nuvens e o ar que agora compõe a atmosfera desaparecerá. Haverá um novo céu de puro éter, onde receberemos o Batismo do Espírito e "haverá paz" (Jerusalém)"

Max Heindel, trecho extraído do livro: Iniciação Antiga e Moderna

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A TENTAÇÃO


Muitas vezes ouvimos os devotos cristãos queixarem-se  de seus períodos de depressão. As vezes encontram-se quase no sétimo céu da exaltação espiritual, pretendem ver a face de Cristo e sentem como se Ele guiasse todos os seus passos. De repente, sem motivo aparente ou qualquer aviso, o Salvador esconde sua face e o mundo torna-se escuro por um período. Não podem trabalhar, não podem orar; a vida não tem atrativos, a porta do céu parece fechada para eles,  e a existência torna-se sem interesse enquanto essa depressão espiritual persiste.
Naturalmente essas pessoas vivem de suas emoções e, sob a imutável Lei de Alternação, o pêndulo balança de um lado para outro sem encontrar equilíbrio. Quanto mais brilhante é a luz, mais profundas são as trevas; quanto maior a exaltação, mais profunda é a depressão do espírito. Somente aqueles que, por frieza ou indiferença, reprimem esse estado emocional, escapam do período de depressão, porém nunca experimentam a divina bem-aventurança da exaltação. E é esta efusão emocional de si mesmo que fornece ao Cristão Místico a dinâmica energia que o projetará nos mundos invisíveis, onde ele se torna um com o ideal espiritual que o atraiu e que despertou em sua alma o poder para elevar-se, do mesmo modo que o Sol formou o olho para que pudéssemos vê-lo. O filhote, ao sair do ninho, cai muitas vezes antes que aprenda a usar suas asas com segurança. O aspirante que trilha o caminho do Cristão Místico, pode elevar-se até o trono de Deus frequentemente, e depois cair no mais profundo abismo, no desespero do inferno. Mas, algum dia ele vencerá o mundo, desafiará a Lei de Alternação e elevar-se-á pela força do Espírito até ao Pai dos Espíritos, livre das lidas das emoções, envolvido pela paz que está além de toda a compreensão.

Max Heindel, trecho extraído do livro: Iniciação Antiga e Moderna